Inspetor-geral defende reforma no Departamento de Energia
Em relatório divulgado no dia 14, o inspetor-geral do Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês), Gregory Friedman, sugeriu mudanças internas. Friedman propõe essencialmente corte de gastos e reestruturações dos laboratórios mantidos pelo Departamento. Criado pelo presidente Jimmy Carter na década de 70, o DOE tornou-se um dos principais financiadores governamentais de pesquisa nos EUA. No entanto, Friedman salienta que seus programas de fomento à pesquisa não evoluíram com o passar das décadas. Diante disso, o inspetor-geral sugere mudanças visando maior eficiência nas atividades departamentais. Atualmente, apenas parte dos US$ 10 bilhões destinados aos laboratórios foi gasta com pesquisas de fato, sendo um terço desse valor cobrindo despesas administrativas. O relatório de Friedman também alerta para o caso de o DOE ter o orçamento reduzido, já que o Congresso tem trabalhado com essa possibilidade. Idaho, Novo México, Carolina do Sul, Tennessee e Washington devem sofrer o maior impacto caso as mudanças se concretizem. Nesses estados, funcionários e prestadores de serviço do DOE constam entre os maiores empregadores da população. As críticas de Friedman somam-se aos ataques dos republicanos aos financiamentos do DOE para projetos de energia limpa depois que alguns mostraram-se inviáveis comercialmente. O presidente do Comitê de Comércio e Energia da Câmara, Fred Upton (R-MI), declarou que, em linhas gerais, o relatório faz bastante sentido. O Departamento, no entanto, ainda não se manifestou sobre o assunto.