Integrantes do Occupy Wall Street (OWS) acusaram, no dia 6, alguns sindicatos nos EUA de usar indevidamente o slogan “We are the 99%” em prol da construção controversa de um oleoduto.  Cinco sindicatos laborais do setor de construção e um comitê trabalhista do American Petroluem Institute criaram uma campanha publicitária e o site jobsforthe99.com, destacando o oleoduto como uma oportunidade de empregos para os “99%” que não pertencem à elite do país. O projeto da empresa TransCanada expande um oleoduto transnacional, aumentando seu trajeto já existente até as refinarias do Golfo do México. Porém, a extensão é combatida por grupos ambientalistas e muitos congressistas democratas. Apesar de os sindicatos em questão terem apoiado o OWS, os líderes do movimento em Wall Street condenam a união dos sindicalistas com as indústrias de petróleo e o Tea Party. Essa ala conservadora do partido republicano, que apoia a extensão do Keystone, tem feito críticas contundentes aos movimentos por igualdade social nas ruas de várias cidades do país. A campanha também mostrou uma divisão entre os sindicatos. O diretor de comunicação da America’s Building Trade Unions, associação de sindicatos do setor de construção, afirmou que não houve inapropriação do slogan, já que as duas causas são afins. Em contrapartida, a Aliança Nacional dos Trabalhadores Domésticos, repudiou a iniciativa, colocando-se ao lado dos manifestantes. A AFL-CIO, federação das organizações trabalhistas que também aprova o Occupy Wall Street, preferiu não se pronunciar sobre a polêmica.