Comitê alerta para uso de peças falsas em sistemas militares

Os senadores Carl Levin (D-MI) e John McCain (R-AZ), líderes do Comitê de Serviços Armados do Senado, planejam aumentar a fiscalização sobre fornecedores de componentes para sistemas militares. O plano é aprovar uma emenda ao Ato de Autorização de Defesa de 2012, obrigando fabricantes nos EUA a arcarem com despesas para substituição de peças falsificadas. Segundo McCain, além de gastos para o Departamento de Defesa, que é obrigado a substiuir as peças falsas que sejam identificadas ou apresentem problemas de funcionamento, o uso desses itens implica em risco para a segurança nacional do país. Como exemplo, o senador citou a eventual falha em um interceptor de mísseis que contenha um item defeituoso. A preocupação se deve a uma investigação feita pelo Comitê, em março, segundo a qual muitos componentes eletrônicos utilizados em equipamentos de defesa não são originais. A maioria dos componentes falsificados utilizados pelos fabricantes nos EUA seria produzida na China. A investigação identificou pelo menos 1.800 casos de falsificações em armamentos, com aproximadamente 1 milhão de peças não originais. A principal origem desses produtos seria a cidade de Shenzhen, na província chinesa de Guangdong. As peças seriam produzidas a partir da reciclagem de componentes eletrônicos usados em sistemas de computadores antigos. Em resposta às acusações, o porta-voz da embaixada chinesa, Wang Baodong, declarou que a política da China é fabricar produtos com segurança e qualidade para seus compradores.

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