A multinacional financeira MF Global entrou com pedido de falência em 31 de outubro, uma semana após revelações sobre seus investimentos. Segundo informações divulgadas pela imprensa dos EUA, os problemas começaram quando o ex-senador e ex-governador de Nova Jersey, Jon Corzine, assumiu a direção da MF Global em março de 2010. Corzine, ex-CEO do Goldman Sachs, tentou retomar sua carreira no mercado financeiro praticando investimentos de alto risco. Mais especificamente, a MF Global comprou uma grande quantia de títulos da dívida de países europeus como Espanha, Portugal, Bélgica, Itália e Irlanda, que estavam em baixa, apostando em um lucro futuro. No entanto, o anúncio no dia 25 de que essas operações geraram uma perda de US$ 191,6 milhões despertou fortes temores no mercado. As agências Moody’s e Fitch prontamente rebaixaram a avaliação dos papéis da MF Global. A notícia ainda provocou fuga de investidores e aumento do custo de crédito da empresa que, em cinco dias, perdeu 67% de seu valor de mercado. Durante o processo de depreciação, a MF Global buscou compradores para ser incorporada por outra companhia. Quando o negócio estava para ser concluído com a Interactive Brokers, veio à tona a informação de que a MF desconhecia o paradeiro de US$ 600 milhões de seus clientes. A notícia aumentou o pânico, inviabilizou a transação e ocasionou o pedido de falência. A MF Global está agora sob investigação da Securities and Exchange Comission (SEC) e da Commodity Futures Trading Commission (CFTC). O J.P Morgan Chase era custodiante das operações e também está sendo investigado. Corzine renunciou à direção da empresa em 4 de novembro.