China e Rússia são maiores fontes de espionagem cibernética
Um relatório do Escritório Nacional de Contrainteligência Executiva (ONCIX, em inglês), divulgado no dia 3, apontou a China e a Rússia como maiores responsáveis por espionagem econômica cibernética contra os EUA. Desde 1995, o ONCIX envia ao Congresso um relatório anual sobre as ameaças de roubo de informações econômicas e pirataria industrial. Neste ano, com mais agências consultadas, o documento enfatizou a ciberespionagem e, pela primeira vez, responsabilizou nominalmente países por roubo de informações de empresas dos EUA. O relatório caracteriza os invasores virtuais chineses como os espiões econômicos mais ativos e persistentes do mundo, revelando que os EUA detectaram uma rede de invasão online com origem na China. O documento aponta a China como a principal ameaça nas próximas décadas, mas também afirma que não foram encontrados vínculos entre os ataques e o governo chinês. Os serviços de inteligência da Rússia também conduziriam atividades destinadas ao roubo de informações econômicas e tecnológicas. O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Wang Baodong, classificou as acusações como injustificadas e disse serem parte de um esforço de “demonização” da China. Ainda, Baodong afirmou que seu país se opõe a qualquer forma de atividade cibernética ilegal. Além de China e Rússia, o relatório também afirma que aliados dos EUA se aproveitariam da relação de confiança com o país para roubar informações. Apesar de não citados no relatório, fontes afirmam que Israel e França seriam alguns dos países em questão.