Empresa de tecnologia limpa abre concordata
A Beacon Power Corp., companhia que desenvolve sistemas de armazenamento de energia com tecnologias verdes, entrou com pedido de concordata no dia 30. Diante dos problemas financeiros da Beacon, o pedido significa resguardar a companhia da ação de credores, como despejos e processos judiciais, até que a contabilidade da empresa seja reorganizada. A empresa continuará operando, mas deve tomar medidas como, por exemplo, reduzir salários dos funcionários em 20%. O CEO da Beacon, William Capp, afirmou que as perspectivas no longo prazo são positivas, mas a grande necessidade de capital para o desenvolvimento dos produtos acarretou os prejuízos financeiros. O pedido de proteção à falência da empresa abala ainda mais o setor de energia limpa, pois a Beacon foi beneficiada com US$ 43 milhões de um programa de estímulo do Departamento de Energia que é fortemente criticado, sobretudo por republicanos. Os questionamentos aumentaram com a falência do fabricante de painéis solares Solyndra, há dois meses. O representante Cliff Stearns (R-FL), que integra o Comitê de Energia e Comércio da Câmara e investiga o caso Solyndra, aproveitou a situação da Beacon para aprofundar as críticas aos programas de incentivo do governo para o setor. Stearns declarou que o ocorrido com a Beacon é um lembrete de que o DOE falha em estimular a geração de empregos, desperdiçando dinheiro dos contribuintes. Por sua vez, o porta-voz do DOE, Damien LaVera, salientou as diferenças entre o atual episódio e o caso Solyndra, uma vez que a Beacon continuará suas operações e não deve gerar desemprego.