Embaixador na Síria é chamado de volta para consulta
O governo dos EUA anunciou, no dia 24, que chamou para consulta seu embaixador na Síria. A volta de Robert Ford foi tomada por medida de segurança. O embaixador retornara a Washington dois dias antes, embora autoridades sírias acreditassem que sua viagem fosse apenas para um fim de semana na Jordânia. A consulta não significa ruptura nas relações diplomáticas entre os dois países e Ford continua a ser o embaixador na Síria, para onde retornará quando sua segurança puder ser novamente garantida. Autoridades do Departamento de Estado acusaram o governo sírio de apoiar uma campanha contra o embaixador, que vinha criticando a opressão no país e dialogando com grupos de oposição ao regime de Bashar al-Assad. Poucas horas após a declaração dos EUA, a Síria anunciou que também chamaria para consulta seu embaixador em Washington, Imad Moustapha, em retaliação à decisão da Casa Branca. Haynes Mahoney, encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Damasco, alegou que a volta de Ford não se deve a um acontecimento específico. Autoridades nos EUA teriam se convencido dos riscos devido a certo “tom de incitação” contra o diplomata por parte da mídia local, que é controlada pelo governo sírio. A embaixada deve continuar funcionando, embora com poucos funcionários. No dia seguinte à declaração da volta de Ford, um grupo de oposição pediu proteção internacional para os civis que vêm sofrendo repressão por parte dos militares. Segundo a ONU, mais de 3 mil pessoas foram mortas na Síria desde março, quando os protestos contra o atual presidente se iniciaram.