Clinton negocia acordo de segurança com Afeganistão

A secretária de Estado Hillary Clinton viajou a Cabul, no dia 19, para discutir os rumos do conflito no Afeganistão. Entre outros assuntos, foi discutido um acordo de segurança para o período após a retirada das tropas dos EUA em 2014. Clinton se reuniu com o presidente Hamid Karzai para encorajá-lo a continuar os esforços de reconciliação com o Talibã, passo considerado essencial pelos EUA para estabilizar o país. O assassinato recente do principal representante do governo afegão no processo, o ex-presidente Burhanuddin Rabbani, e a ocorrência de uma série de atentados, incluindo um ataque à embaixada dos EUA em Cabul, ameaçaram seriamente as conversas com o Talibã. Os EUA também retomaram criticas ao Paquistão, já que o país não impede o refúgio de insurgentes afegãos em seu território. A relação de Washington com Islamabad está abalada há alguns meses e se deve, em parte, às alegações de que a agência de inteligência paquistanesa, Inter-Services Intelligence (ISI, na sigla em inglês), possui laços com grupos terroristas. Contudo, o governo afegão vê a aproximação como um recurso no processo de reconciliação. Durante a visita de Clinton, Karzai pediu que o Paquistão fosse anfitrião de negociações para o fim dos conflitos na região. Isso porque a insurgência afegã seria controlada por setores do Estado paquistanês. Para Clinton, no entanto, o processo de negociação inclui exercer maior pressão militar sobre o Talibã. A expectativa é de que, em sua viagem a Islamabad, no dia 20, a secretária de Estado pressione o Paquistão a combater mais duramente os insurgentes afegãos.
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