EUA enviam militares à África Central
O presidente Obama informou líderes do Congresso por escrito, no dia 14, sobre o envio de 100 soldados para assessorar exércitos em Uganda e países próximos. O motivo é combater o grupo militante Lord’s Resistance Army (LRA, na sigla em inglês), acusado de cometer atrocidades contra civis na região da África Central. As primeiras tropas chegaram em Uganda no dia 12 e o restante deve se dirigir a outros países durante o próximo mês. O objetivo principal da campanha conjunta com as Forças Armadas de países como Uganda, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Sudão do Sul é neutralizar a liderança do LRA. O líder do grupo, Joseph Kony, já foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por violar direitos humanos. Kony proclama-se profeta e afirma se guiar pela bíblia cristã para estabelecer um Estado teocrático na região. Os crimes atribuídos ao LRA incluem assassinato, sequestro, estupro e mutilação, além da arregimentação de crianças como soldados. Segundo o Departamento de Defesa, a unidade que está sendo enviada é especializada em treinar militares estrangeiros e só deverá entrar em combate caso seja atacada. A justificativa apresentada por Obama para a ação é a de que a missão promoverá interesses de segurança nacional. Os líderes do Senado e da Câmara teriam sido avisados em conformidade com a Resolução sobre Poderes de Guerra de 1973, segundo a qual o Congresso deve regular o envio de tropas ao exterior. Obama foi criticado por envolver forças dos EUA no conflito na Líbia no início do ano sem submeter a decisão aos congressistas.