Autoridades do Iraque anunciaram, no dia 27, a compra de 18 caças F-16 dos EUA. O acordo também inclui treinamento de pilotos iraquianos, devendo custar aproximadamente US$ 3 bilhões. O porta-voz do governo do Iraque, Ali al-Dabbagh, declarou que os caças ajudarão a manter a segurança e a soberania do país. O pacote, além de fortalecer a relação entre os dois países depois da retirada das tropas, deve ajudar a conter a influência iraniana na região. Como os caças deverão ser entregues somente daqui a dois anos, os EUA garantem que o Iraque não ficará vulnerável durante esse período. Segundo informações em Washington, o espaço aéreo iraquiano continuará a ser supervisionado pela Força Aérea dos EUA. A supervisão se justificaria pelo fato de o Iraque ainda não ter capacidade de proteger o país sem ajuda externa. Nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, afirmou que o acordo mostra ao mundo que o Iraque é um aliado dos EUA na região. A compra vem sendo planejada há alguns anos, mas havia sido paralisada em fevereiro para que a verba fosse aplicada em alimentação para a população carente do Iraque. A retomada do acordo pelo primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, foi impulsionada por um aumento inesperado da produção de petróleo, levando a um reforço do caixa do governo. Autoridades iraquianas declararam que o país pretende comprar mais 18 caças F-16, mas essa segunda etapa ainda precisa da aprovação de Washington.