O Comitê de Apropriações da Câmara recomendou, no dia 28, suspender a ajuda externa aos palestinos caso a Autoridade Palestina (AP) insista em pleitear o reconhecimento como Estado na ONU. A sugestão foi incorporada pelo Comitê no relatório sobre verbas para operações externas em 2012. No dia 23, o líder da AP, Mahmoud Abbas, encaminhou ao Conselho de Segurança da ONU o que EUA e Israel classificam como um gesto unilateral de reconhecimento. De acordo com o Comitê, tal demanda somente seria válida mediante acordo prévio com Israel. Atualmente, a AP recebe US$ 500 milhões anuais em ajuda dos EUA. Para Dylan Williams, diretor de relações governamentais da associação judaica JStreet, a decisão do Comitê é contraproducente. Dylan alega que o corte das verbas fortaleceria a facção radical do Hamas em detrimento da moderada AP. O montante é cerca de dez vezes superior à arrecadação fiscal palestina com taxas e impostos de importação, cujo repasse é feito por Israel. Embora seja muito importante, a ajuda dos EUA é inferior ao valor doado pela Arábia Saudita, que já transferiu US$ 2,6 bilhões aos palestinos desde 2009. O relatório do Comitê também aconselha que os EUA deixem de fazer parte de organizações internacionais que não promovam reformas financeiras ou que atuem em desacordo com a política externa do país. Em contrapartida, o documento recomenda manter a contribuição para Israel no mesmo nível do ano anterior: aproximadamente US$ 3 bilhões anuais.