Silêncio de executivos da Solyndra desaponta congressistas
Dois altos executivos da falida empresa de painéis solares Solyndra se recusaram a testemunhar em audiência no Congresso, no dia 23. Sob orientação de seus advogados, o CEO da Solyndra, Brian Harrison, e seu chefe financeiro, W.G. Stover, invocaram direitos constitucionais contra autoincriminação previstos na Quinta Emenda da Constituição. A audiência foi convocada como parte das apurações realizadas pelo painel investigativo do Comitê de Comércio e Energia da Câmara sobre a falência da empresa, que recebia estímulos federais. O silêncio dos executivos desapontou os congressistas, especialmente os republicanos, principais interessados em apontar falhas e vinculá-las ao presidente Barack Obama. Contrários à ajuda pública ao setor, os republicanos querem averiguar se houve negligência na omissão da má situação financeira pela companhia e na rapidez da concessão dos benefícios pela administração em 2009. A Casa Branca negou qualquer irregularidade relacionada à concessão e defendeu a manutenção dos investimentos em energia limpa. Democratas criticaram a audiência, afirmando que as perguntas eram apenas tentativas de desprestigiar a política de Obama para geração de emprego. O presidente do Comitê, Fred Upton (R-MI), lamentou a recusa dos executivos em responder às questões levantadas, alertando-os para o fato de que as apurações sobre “exploração dos contribuintes” não cessarão. Ainda, membros do Comitê deram ao secretário de Energia, Steven Chu, um prazo até 28 de setembro para a entrega de todos os documentos trocados entre a Casa Branca e o Departamento de Energia sobre as garantias de empréstimos para a Solyndra.