Resolução contínua fracassa no Senado
Uma nova proposta de resolução contínua foi aprovada na Câmara e rejeitada no Senado na sexta-feira, 23. O projeto era muito semelhante à proposta derrotada na quarta-feira pela dissidência republicana. Para aplacar sua base, que demandava maiores cortes de gastos, o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), modificou a legislação incluindo uma redução simbólica de US$ 100 milhões em programas para desenvolvimento de energia renovável. Após forte campanha pela medida, Boehner conseguiu uma apertada aprovação, com 219 votos a favor e 203 contra. Horas depois, o projeto foi derrubado no Senado. Para os democratas em ambas as Casas, a grande discordância é o nível de financiamento da FEMA (Federal Emergency Management Agency), agência responsável por gerenciar desastres naturais e situações de emergências. A proposta autorizava gastos de US$ 3,65 bilhões para a FEMA. Democratas consideram o valor insuficiente, especialmente em vista das contrapartidas em cortes de outros programas federais. No Senado, o projeto teve 59 votos contra, entre eles sete republicanos que defendem limites maiores nos gastos do governo do que a resolução implementaria. A situação é ainda mais urgente porque os recursos da FEMA devem se esgotar no começo da semana. O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), cancelou o recesso da casa e deve por em votação na segunda-feira seu próprio projeto de resolução contínua, sem os cortes aos programas de energia. Além da crise na FEMA, aumentam as chances de paralisação do próprio goveno, que necessita de uma nova autorização orçamentária para continuar funcionando a partir de 1o. de outubro.