Aumentam missões com aviões não tripulados na África

Os EUA planejam estabelecer bases para aviões não tripulados na África para expandir a campanha contra a Al Qaeda e grupos extremistas do oriente africano e da Península Arábica. Uma base está sendo construída na Etiópia, país aliado no combate ao grupo Shabab, que é uma ramificação da Al Qaeda no Magreb e controla grande parte da Somália. Desde maio, aviões dos EUA também operam a partir da República das Seychelles no combate à pirataria na costa leste. Ativa há mais tempo, a base no Djibouti, que faz fronteira com Etiópia, Somália e Eritreia, é utilizada para as operações no Iêmen. Diferentemente dos voos de aviões não tripulados no Paquistão, que são operados pela CIA, as missões na África estão subordinadas ao Comando da África (USAFRICOM , na sigla em inglês), criado em 2008. Segundo o comandante do USAFRICOM, general Carter Ham, grupos extremistas no continente operam em escala local, apesar de manter laços entre si. O Pentágono teme que o aumento da pressão dos EUA sobre a Al Qaeda leve a organização a aumentar sua presença na África, associando-se aos grupos locais e aumentando o risco de disseminação de armas. Para conter a ameaça em potencial, Ham pediu mais tropas de operações especiais, cuja principal função seria capacitar Estados africanos a combater os extremistas. Apesar da intensificação das missões, o general teme que o Comando seja afetado por possíveis reduções no orçamento de defesa nos próximos anos. O militar declarou que entende a pressão orçamentária, mas defende a manutenção do nível de operações aéreas e navais na África.
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