O governador do Texas e pré-candidato republicano, Rick Perry, criticou duramente, no último dia 20,  a postura da administração Obama em relação ao conflito entre israelenses e palestinos. Segundo ele, a votação sobre o reconhecimento de um Estado palestino na ONU é resultado da “arrogância e ingenuidade” da política do atual presidente em relação ao Oriente Médio. Perry afirmou que “como cristão e americano” permanecerá ao lado de Israel. A fala do pré-candidato tem pretensões de garantir votos no contexto das primárias, pois destaca o posicionamento pró-Israel relevante para a base eleitoral republicana. Outros pré-candidatos republicanos como Mitt Romney e Michele Bachmann também aproveitaram a ocasião para criticar Obama, responsabilizando-o pelo “desastre diplomático” de uma provável votação sobre o reconhecimento do Estado Palestino na ONU. O posicionamento dos candidatos diante da questão deve ter grande importância nas eleições em 2012. Por isso, o partido republicano tenta explorar o insucesso das iniciativas de paz da administração Obama a fim de atrair o eleitorado judeu, tradicionalmente democrata. A vitória de Bob Turner (R-NY) em eleição especial para a Câmara dos Representantes, no último dia 13, foi atribuída em parte ao descontentamento da comunidade judaica local com o governo Obama. O partido republicano viu na vitória de Turner um sucesso inicial de sua estratégia e espera que o resultado da votação na ONU sobre o reconhecimento da Palestina se traduza em maior rejeição a Obama.