Obama defende reforma fiscal e lei de empregos
O presidente Barack Obama apresentou, em 19 de agosto, um plano de corte de gastos para redução do déficit e financiamento do projeto do Ato de Empregos da América. Segundo Obama, serão economizados US$ 4 trilhões com a reforma dos subsídios agrícolas, ajustes modestos no programa de aposentadoria e redução da verba destinada às companhias hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac. Ainda, o presidente anunciou a recuperação do dinheiro público dado às grandes companhias durante a crise e uma economia adicional de US$ 1 trilhão com o fim das guerras no Iraque e no Afeganistão. Durante o discurso, Obama enfatizou diversas vezes que sua proposta é justa e equilibrada, defendendo que o balanceamento do orçamento não recaia somente sobre os pobres e a classe média, mas também sobre os mais ricos. Para atingir esse objetivo, o plano elimina isenções fiscais para grandes companhias e milionários. Obama também se dispôs a trabalhar com democratas e republicanos para reformar o código fiscal, tornando-o mais simples e justo. Segundo o presidente, enquanto a atual legislação favorece as empresas que dispõem dos melhores lobistas, as alterações privilegiariam empresas que investem e empregam nos EUA. Obama também concordou ser necessário reduzir os gastos governamentais, mas se recusou fazer cortes mais profundos nos programas de saúde Medicare e Medicaid, e na Seguridade Social. Afirmando tratar-se de “matemática” e não de luta de classes, como acusam os republicanos, o presidente prometeu vetar qualquer proposta de lei que corte gastos sem contrapartida em aumento de receita.