EUA falham no controle de material radioativo exportado
Um relatório do governo, divulgado no dia 8, atesta que os EUA não monitoram parte do material radioativo exportado. Elaborado pela Agência de Reponsabilidade do Governo (GAO, na sigla em inglês) e entregue ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o documento indica que quantidades de urânio enriquecido e plutônio recuperado, úteis também na produção de armamentos nucleares, deixam de ser rastreadas após o embarque. Menos de 10% de um total de 17,5 toneladas exportadas podem ser realmente rastreados. O relatório também classifica como arriscados 27 acordos bilaterais de cooperação nuclear civil, já que eles retiram dos EUA a supervisão direta. De acordo com o Ato de Energia Atômica de 1954, os países que recebem material radioativo dos EUA são obrigados a fornecer informações ao governo quando solicitados. No entanto, o Departamento de Energia e a Comissão de Regulação Nuclear, responsáveis por inspecionar as exportações, não mantêm um controle sistemático. O descontrole aumenta o risco de proliferação nuclear, principalmente porque muitos estoques são armazenados em países com relação menos estreita com os EUA. Ainda, a GAO sugere que o Congresso deveria exigir que os responsáveis pela área inventariem o material localizado no exterior. Já a Administração Nacional de Segurança Nuclear respondeu ao relatório, acusando a GAO de erros na coleta e na análise das informações. O órgão, no entanto, afirmou que vem trabalhando para aprimorar a segurança do material radioativo exportado.