Casa Branca pode aprovar novas operações secretas no Iraque
Militares e membros da inteligência dos EUA vêm pressionando a Casa Branca, nas últimas semanas, a permitir novas operações secretas no Iraque. Dado o seu caráter sigiloso, essas operações requerem um tipo de ordem executiva denominada “finding”. De acordo com o Ato de Segurança Nacional de 1947, a CIA é a única autorizada a realizar as operações, embora o Comando de Operações Especiais Conjuntas do Pentágono também as tenha executado a partir do 11 de Setembro. O objetivo no momento seria impedir atividades iranianas na fronteira, principalmente o tráfico de armas e o aumento da influência do Irã no Oriente Médio. Oficiais dos EUA afirmam possuir provas de que o Irã fortalece milícias xiitas iraquianas com armamentos e treinamentos, apesar de o país ser proibido pela ONU de exportar armas. Teerã nega as acusações, que seriam apenas uma estratégia de Washington para justificar a sua permanência no Iraque indefinidamente. Como as tropas dos EUA devem sair até 31 de dezembro – a menos que se chegue a um novo acordo com o governo iraquiano – a presença da CIA no país seria a única forma de combater o que o Pentágono considera a maior ameaça na região: o Irã. Recente mudanças nos postos de liderança das estruturas de defesa dos EUA indicam que a CIA continuará a ser relevante na política de segurança. David Petraeus, que já comandou operações militares no Iraque, assume a direção da agência na próxima terça-feira, substituindo Leon Panetta, que tornou-se secretário de Defesa em junho.