Falências no setor solar questionam programa de estímulo
A empresa de painéis solares Solyndra Inc. fechou as portas, em 31 de agosto, causando a demissão de 1.100 funcionários. A Solyndra foi a primeira indústria de energia limpa a ser beneficiada pelo pacote de estímulos do presidente Obama em 2009. Na época, a companhia recebeu do governo US$ 535 milhões em empréstimos com garantias. Esse tipo de crédito torna o credor responsável pelas dívidas da empresa em caso de inadimplência. O fechamento reacendeu o debate entre os republicanos sobre ajuda pública ao setor. Congressistas querem investigar a comunicação entre o governo e a empresa, e também entre a Casa Branca e investidores privados da Solyndra. Republicanos suspeitam que os empréstimos foram concedidos, não pela capacidade da indústria, mas para dar segurança a investimento feito por um captador de recursos da campanha de Obama em 2008. O chefe do subcomitê de Supervisão e Investigação da Câmara, Cliff Stearns (R-FL), afirmou que a falência ressalta a necessidade de uma análise mais detalhada sobre como os empréstimos foram definidos. Outras duas fábricas de painéis, a Evergreen Solar e a SpectraWatt, também decretaram falência em agosto. As três, que juntas produziam um quinto dos painéis nos EUA, foram algumas das empresas favorecidas por um programa de ajuda de US$ 60 bilhões para energia limpa. No caso da Solyndra e da SpectraWatt, o problema é parcialmente atribuído à adoção de uma tecnologia pouco testada. Todas, no entanto, sofreram forte concorrência da China, que vem produzindo peças cada vez melhores e com preços mais competitivos no mercado internacional.