Relatório de empregos aumenta pressão política

De acordo com relatório do Departamento de Trabalho, não houve criação de empregos nos EUA em agosto, o que manteve o índice de desemprego em 9,1%. A notícia ampliou os temores de um retorno da recessão, pois foi interpretada como um sinal de que a economia estagnou e de que o governo não consegue alterar esta situação. Na véspera da divulgação, economistas esperavam a criação de 68 mil novas vagas, expectativa que aumentou a decepção com os dados oficiais. O relatório demonstra o pior desempenho na criação de novas vagas de trabalho desde setembro de 2010, mês em que houve mais demissões do que contratações. A pressão sobre Obama, que apresentará propostas de criação de empregos ao Congresso no dia 8, ficou ainda maior. Parte dos analistas acredita que o plano terá um tom moderado, principalmente no que diz respeito a gastos governamentais, buscando uma aprovação bipartidária no Congresso. Outros imaginam um pacote mais amplo, com estímulos governamentais diversos para agradar os congressistas e o eleitorado progressista. John Boehner (R-OH), porta-voz da Câmara, reagiu ao relatório afirmando que os republicanos apoiam a remoção de barreiras à criação de novos empregos, sejam elas regulamentações responsáveis por elevações dos preços ou gastos irresponsáveis do governo federal. Apesar dos dados negativos, a administração tenta demonstrar que está tomando providências. Uma das iniciativas com impactos diretos na geração de empregos foi defendida por Katherine Abraham, assessora econômica do presidente, que pediu a aprovação no Congresso de uma lei de transporte para a construção de infraestrutura.

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