Investidores aprovam divulgação de gastos políticos de empresas

Uma petição encaminhada para a Securities and Exchange Comission (SEC), pedindo que a agência exija que as corporações revelem seus gastos com atividades políticas, recebeu comentários favoráveis por parte de investidores. O documento, elaborado no início do mês por um grupo de acadêmicos, defende que os gastos políticos das empresas sejam relatados aos acionistas, uma vez que estes podem não concordar com opções e estratégias políticas dos executivos que as dirigem. A proposta analisada pela SEC se refere apenas a companhias de capital aberto, responsáveis por uma pequena parcela dos gastos corporativos no financiamento de campanhas. As grandes corporações temem que contribuintes e acionistas ofendam-se com o apoio a determinados grupos. A questão veio à tona em 2010 com a decisão da Suprema Corte a respeito do caso Citizens United v. Federal Election Commission, que legalizou os gastos políticos corporativos independentes. Na ocasião, a Corte afirmou que a responsabilidade pelo envolvimento político das empresas é dos acionistas. O juíz Anthony Kennedy enunciou que a disposição de informações sobre os gastos dá aos acionistas melhores condições para apoiar corporações e eleger dirigentes que representem suas posições. Contudo, os proponentes da petição afirmam que esse mecanismo só funcionará se houver fácil acesso às informações. O futuro da implementação dessas regras é incerto. No momento, a prioridade da SEC é a finalização de uma série de regulamentações do mercado financeiro.

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