Governo tenta impedir fusão nas telecomunicações

O Departamento de Justiça entrou com processo para bloquear a fusão das empresas de telecomunicações T-Mobile e AT&T, em um negócio avaliado em US$ 39 bilhões. O argumento que embasa a ação é o de que a junção entre a segunda e a quarta maiores operadoras de telefonia celular é prejudicial para a competitividade. Ademais, a fusão pode trazer consequências negativas aos consumidores, como preços mais altos, menores opções de escolha e serviços com menos qualidade. Durante a campanha presidencial de 2008, Obama defendeu maior rigor no combate antitruste, em oposição à prática mais permissiva de George W. Bush. Mas observadores vinham criticando a postura do Departamento de Justiça na atual gestão, já que casos semelhantes não vinham sendo levados à Corte. No caso das operadoras de telecomunicação, esta será a primeira vez desde 2004 que uma Corte decidirá sobre uma grande fusão. Naquele ano, a Oracle, maior empresa de software do mundo, comprou a PeopleSoft, terceira maior do mercado. A transação só foi efetivada após  contestação do Departamento de Justiça ter sido negada judicialmente. Sharis Pozen, chefe antitruste do Departamento, disse que ainda há tempo para reverter a negociação entre as partes envolvidas no caso atual. A AT&T, que pretende questionar judicialmente a ação, ativou uma grande rede de lobby em Washington a favor do negócio. A rede inclui desde a AFL-CIO, maior central sindical do país, até empresas como o Facebook e Microsoft. Outras empresas de telecomunicações apoiaram a ação do governo por temer o controle excessivo do mercado pela AT&T.

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