Biden defende cooperação econômica em visita à China
Em visita à China, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, buscou levar uma mensagem de cooperação econômica e de garantia da solidez de seu país. A delegação dos EUA esperava encontrar um ambiente hostil, uma vez que os chineses tem criticado fortemente aquilo que denominam de “vício na dívida” dos EUA. O tom das conversas, no entanto, foi moderado. Na quinta-feira, 18, Biden encontrou-se com Xi Jinping, vice-presidente chinês e provável futuro dirigente do país. Jinping afirmou que os dois países possuem interesses comuns e devem compartilhar responsabilidades também. Biden defendeu que a China deve basear sua economia no consumo interno e não nas exportações, como faz atualmente. Isso estimularia o crescimento nos EUA e ao redor do mundo, além de corrigir falhas internas no mercado chinês. Na sexta-feira, Jinping voltou a ressaltar a necessidade de cooperação econômica entre as duas potências. Ele afirmou que a China buscará uma política fiscal e monetária pró-ativa, mas cobrou o fim de barreiras à importações de produtos chineses de alta tecnologia. Em resposta, Biden defendeu que os EUA buscam mais investimentos diretos chineses, pois isso significa mais empregos domésticos, e indicou um futuro anúncio sobre acordos privados entre os dois países em um total de US$ 965 milhões. O vice-presidente dos EUA ressaltou a credibilidade dos títulos do Tesouro, dos quais 8% estão em posse da China. Para o premiê Wen Jiabao, Biden conseguiu passar ao povo chinês a mensagem de que irá garantir a segurança, a liquidez e o valor destes papéis.