Energia e Meio Ambiente

Boas perspectivas para biocombustíveis nos EUA

A indústria do etanol deve continuar a ser beneficiada mesmo com a provável eliminação dos atuais incentivos fiscais. Apesar da chance de eliminação de US$ 6 bilhões anuais em subsídios e da tarifa de US$ 0,54 sobre importações de concorrentes estrangeiros, o setor deve ser beneficiado pela manutenção do atual padrão de combustíveis renováveis. O padrão exige que as refinarias misturem biocombustível à gasolina em proporções crescentes a cada ano. O objetivo é atingir um consumo anual de 36 bilhões de galões em 2022, quantidade equivalente a 25% do consumo esperado de gasolina em 2011. Atualmente, o consumo de biocombustível equivale a 10% da gasolina e outros derivados de petróleo, cabendo ao etanol de milho a maior parte deste percentual. O padrão, criado pela administração Bush em 2005, é considerado pelo setor como o mais importante benefício recebido. Bill Day, porta-voz da Valero, grande produtora de etanol, declarou que o negócio não seria viável sem a norma. A mistura também é apoiada pela administração Obama, que considera a boa capacidade de produção doméstica uma forma de aliviar a dependência de petróleo externo. Mesmo que Obama perca as eleições em 2012, o cenário não deverá ser modificado. A maioria dos pré-candidatos republicanos defende o padrão, incluindo os favoráveis ao fim dos incentivos fiscais. A regra, no entanto, não é bem vista por ambientalistas, que alertam para os efeitos poluentes do processo de produção de etanol de milho. O setor alimentício também se opõe, alegando que o sistema eleva a demanda de milho, aumentando seu preço no mercado de alimentos.

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