Ainda que o acordo sobre o teto da dívida pública tenha evitado uma moratória dos Estados Unidos, analistas afirmam que a demora no processo causou prejuízos. Mesmo com o fim do impasse, o mercado de ações apresentou na terça-feira uma queda de 2,6%, que anulou todos os ganhos neste ano após uma grande sequência de baixas. Ainda que as bolsas tenham apresentado uma breve alta na quarta-feira, os investidores mantêm uma postura defensiva, dada a crença cada vez maior de que a recuperação econômica está chegando ao fim. Por enquanto, as agências de risco têm indicado quedas nos índices: o “500-stock” da Standard & Poor’s diminuiu em 2,56%, enquanto o índice Nasdaq caiu em 2,75%. Os rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA caíram drasticamente, conforme os investidores migraram para ativos mais seguros, a exemplo do ouro. Este apresentou grande flutuação de preços, chegando a atingir uma alta recorde de $1.684,90 a onça troy nesta quinta-feira. Pesquisas recentes apontam para a crescente queda de consumo e para o aumento do desemprego como prováveis razões dos resultados negativos apresentados pelos mercados, o que reduz as perspectivas de curto prazo de recuperação. A palavra “recessão” tem se tornado mais comum para descrever a situação financeira, de acordo com Stanley Nabi, estrategista chefe do Silvercrest Asset Management Group. Ainda assim, a administração Obama afirma que não acredita que haja riscos de que a economia volte à recessão.