Acordo da dívida reduz gastos com defesa

O acordo que elevou o teto de endividamento do governo federal, no dia 2, tem como contrapartida um corte de US$ 917 bilhões nos próximos dez anos, sendo US$ 350 bilhões em despesas discricionárias com defesa. Até US$ 1,5 trilhão em cortes gerais poderão ser propostos por um comitê bipartidário especial do Congresso. Caso o Congresso não aceite as recomendações do comitê, um gatilho automático previsto no acordo implementará US$ 1,2 trilhão em novas reduções. Metade deste montante será aplicada nos departamentos de Defesa, de Segurança Doméstica e das agências de inteligência, assim como nos departamentos de Estado e de Assuntos de Veteranos. Os orçamentos para os conflitos no Afeganistão e no Iraque não foram incluídos no acordo. Para o secretário de Defesa Leon Panetta, cortes superiores a US$ 350 bilhões comprometem a segurança nacional. O encolhimento substancial do orçamento também preocupa o general Martin Dempsey, indicado para o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e congressistas ligados ao setor de defesa, como Buck McKeon (R-CA) e John McCain (R-AZ). Indústrias de armamentos, como Lockheed Martin e Boeing, devem desencadear um forte lobby no Congresso para proteger seus interesses. Já os democratas apoiam os cortes. O senador Barney Frank (D-MA) chegou a votar contra o acordo, desejando que houvesse mais cortes em defesa e menos em programas sociais. Em 2011, o orçamento de defesa aprovado foi de US$ 528 bilhões, sem incluir os gastos com a guerra do Iraque e do Afeganistão.

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