O Conselho de Segurança da ONU (CS) debateu, no dia 26, possível adesão da Palestina à organização. A questão será apreciada em setembro. Os líderes palestinos ainda não decidiram se pretendem pleitear o reconhecimento como Estado-membro, o que requer a recomendação do CS, ou aderir como Estado observador, condição que exige aprovação por dois terços da Assembleia Geral. A Autoridade Palestina (AP), representante oficial do povo palestino, já integra a ONU como organização observadora. Israel se opõe a qualquer tipo de adesão da Palestina, condicionando o reconhecimento a acordos sobre fronteiras, à situação de Jerusalém e ao direito de retorno de refugiados. Os EUA, que têm poder de veto no CS, anunciaram que não apoiarão a demanda palestina. Essa posição contrasta com a declaração do presidente Obama em reunião na ONU em setembro de 2010. Na ocasião, Obama declarou que gostaria de ver a Palestina na organização no ano seguinte. A Casa Branca cogita suspender a ajuda financeira de US$ 500 milhões anuais aos palestinos, caso a AP leve adiante a campanha. Doações externas e repasse de impostos coletados por Israel são vitais para a AP, mas o recebimento dessas verbas tem sido irregular. Países doadores, sobretudo árabes, descumprem frequentemente a promessa de doação. Além disso, o acordo entre Hamas e Fatah, em abril, agravou a situação financeira da AP. Israel chegou a suspender mais uma vez o repasse de impostos e alguns representantes da Câmara dos EUA analisam projeto de lei republicano que prevê o fim das doações caso o Hamas continue integrando o governo palestino.