A campanha para a eleição especial na Câmara de Nova Iorque, em 13 de setembro, promete ser um referendo sobre a política externa do presidente Obama para o Oriente Médio. O democrata David Weprin e o republicano Bob Turner disputarão uma cadeira do 9o. distrito de Nova Iorque. A vaga foi aberta com a renúncia do também democrata Anthony Weiner após escândalo sexual. Cerca de 30% dos eleitores do distrito é de origem judaica, grupo que costuma apoiar o partido democrata. Como os eleitores judeus possuem índices mais altos de comparecimento às urnas do que os demais, as campanhas no distrito procuram colocar em foco interesses da comunidade judaica. Cynthia Zalinsky, diretora do Conselho da Comunidade Judaica do Queen, afirmou que a fidelidade a Israel pode ser determinante na eleição. Com o apoio de Obama ao retorno às fronteiras de 1967 como base para as negociações entre israelenses e palestinos, Weiner corre risco de enfrentar a oposição de judeus ortodoxos. Apesar de contar com o suporte do ortodoxo Sheldon Shiver, porta-voz da Câmara estadual, o democrata também desagrada a líderes judaicos mais conservadores ao defender o casamento entre homossexuais. Dovid Schwartz, ativista ortodoxo da região do Queens disse que a derrota de Weprin representaria uma clara mensagem de que a administração Obama não deveria contar com o voto da comunidade nas eleições de 2012. Já o diretor da campanha democrata, Jake Dilemani, disse duvidar que os eleitores judeus escolham mandar uma mensagem ao presidente elegendo mais um membro “ extremista” do Tea Party, referindo-se ao candidato republicano.