Senado rejeita proposta de "Corte, Limite e Equilibrio"

Em votação na última sexta-feira, dia 22, o Senado derrubou a legislação de “Corte, Limite e Equilíbrio”, que havia sido aprovado pela Câmara no início da semana. A proposta, rejeitada por todos os senadores democratas, apresentava cortes de US$ 100 bilhões no orçamento do próximo ano e limitava os gastos federais a 18% do PIB. Além disso, o projeto aumentava o teto da dívida em US$ 2,4 trilhões, desde que vinculado à aprovação de uma emenda constitucional para um orçamento equilibrado. Embora a derrota no Senado já fosse esperada, a rejeição explicitou o impasse partidário existente em Washington. O presidente, Barack Obama, já havia declarado que vetaria a proposta em caso de aprovação pelo Congresso. Embora alguns democratas tenham se declarado a favor de uma emenda para equilíbrio do orçamento, a versão colocada pela Câmara limitava a aprovação de aumento de impostos a uma maioria de dois terços do Congresso, revelando-se mais estrita do que propostas anteriores. O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), caracterizou o plano como “radical” e “uma das piores legislações a serem colocadas a voto no Senado dos Estados Unidos”. Republicanos criticaram a posição democrata, atacando o partido por não apresentar um plano próprio. Após o voto, Reid declarou estar esperando a ação dos representantes, uma vez que acordos que envolvam receitas fiscais devem ser originados na Câmara. O voto vem em meio a negociações para aumento do limite da dívida, que deve ocorrer até o dia 2 de agosto para evitar uma moratória.

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