Republicanos e democratas trabalham em planos diferentes

Com o impasse nas negociações, líderes da Câmara e do Senado trabalham em propostas diferentes para a resolução da crise da dívida. O plano do porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), divide o aumento em dois momentos: um imediato, de US$ 1 trilhão, e outro de US$ 1,5 trilhões condicionado a medidas futuras. A proposta limita despesas discricionárias e cria um comitê especial no Congresso encarregado de delinear cortes de US$ 1,8 trilhão em 10 anos. Ainda, o Congresso apreciaria uma emenda constitucional de orçamento equilibrado antes do final do ano. A outra proposta, apresentada pelo líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), almeja um aumento imediato do limite da dívida de US$ 2,7 trilhões, com cortes em valor equivalente. Entre outros ajustes, o plano reduz despesas discricionárias em US$ 1,2 trilhões e assume uma economia de US$ 1 trilhão com o término dos conflitos no Iraque e Afeganistão. Reid também propõe a criação de comitê do Congresso para cortes futuros. Nenhum dos planos prevê aumento de impostos. Republicanos criticam o plano de Reid por utilizar os cortes com as guerras como contrapartida para o aumento do limite. Os números seriam irreais, porque o Congresso nunca cogitou manter o atual nível de gastos com os conflitos. Ao mesmo tempo, Boehner é criticado pela ala do Tea Party, que argumenta que os cortes não são suficientes. O senador Jim Demint (R-SC) cogita ignorar a data limite de 2 de agosto e não acredita em risco de moratória. Para democratas, o plano de Boehner não é uma solução, pois levaria a um novo debate sobre o tema no ano que vem. Nenhum dos dois planos parece ter aprovação garantida nas duas casas.

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