Obama e Boehner discursam sobre o déficit
O presidente Barack Obama discursou sobre a crise da dívida em cadeia nacional no dia 25. Tentando levar o debate até a população, Obama demonstrou uma abordagem pragmática, afirmando ser necessário colocar divergências políticas de lado para resolver o problema. O presidente ressaltou a existência de duas grandes propostas para a diminuição do déficit. A proposta republicana visa apenas o corte maciço de gastos, sem nenhuma contrapartida em arrecadação para o governo. A outra, defendida por Obama, também propõe corte de gastos, mas vinculados ao aumento da receita do governo através do fim de benefícios fiscais e do aumento de impostos para os mais ricos. Esta proposta foi caracterizada como “equilibrada” pelo presidente, que defendeu o comprometimento de todos com o fim da situação atual. Obama demonstrou ainda preocupação com o aumento do limite da dívida, afirmando ser necessário um comprometimento biparditário, já que a população elegeu um governo dividido, mas não disfuncional. Logo após o discurso, o porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH) fez um pronunciamento em resposta. Boehner acusou Obama de pedir um cheque em branco, uma vez que o aumento do limite da dívida seria um estímulo para maiores gastos governamentais. Afirmando que os EUA não podem declarar moratória, o republicano defendeu que o governo deve agir como as empresas, que podem apenas cortar gastos para evitar o déficit. Boehner sugeriu que o aumento do limite da dívida seja em duas etapas, sendo a primeira temporária, dando tempo para discussões mais profundas sobre a dívida e o orçamento. Todavia, Obama prometeu vetar qualquer medida de curto prazo que leve a um novo debate daqui a alguns meses.