Mercado se prepara para possível moratória

Conforme o prazo para o aumento do limite de endividamento dos EUA se aproxima, 2 de agosto, os mercados e o Fed preparam planos para um possível cenário de moratória. Oficialmente, o Departamento do Tesouro nega qualquer plano de emergência, pois crê que a única opção aceitável é o aumento do limite da dívida. As firmas de Wall Street, por outro lado, procuram minimizar perdas, diminuindo sua exposição em títulos do Tesouro e procurando meios para lucrar com possíveis agitações. Os títulos da dívida do governo são tidos como investimento garantido, sendo utilizados por muitos como depósitos de segurança. Alguns fundos de pensão têm em estatuto cláusulas definindo um percentual de sua carteira que deve ser composto de títulos Aaa. Desta forma, uma possível redução da avaliação de risco de papéis do Tesouro obrigaria muitos investidores a se desfazer dos títulos no mercado gerando um ciclo de desvalorização. Mesmo antes de qualquer decisão do Congresso, os mercados já se encontram mais voláteis, com investidores começando a vender títulos da dívida. Para o economista chefe da Moody’s Analytics, Mark Zandi, a metáfora mais adequada é a de um monte de areia, que aumenta estável de grão em grão até desmoronar subitamente. Deborah Cunningham, do Federated Investors de Pittsburgh, não acredita que os fundos de pensão tenham de se livrar dos títulos do governo caso a nota seja rebaixada. Para ela, a SEC só exige que estes fundos invistam em ações do Tesouro, não que estas sejam Aaa. Por sua vez, o Fed da Filadélfia está desenvolvendo meios para comunicar à população o que fazer em caso de moratória.

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