A Câmara dos Estados Unidos aprovou, no dia 19, proposta republicana que vincula o aumento do limite da dívida pública a condições específicas. A proposta apresenta cortes imediatos a gastos governamentais, imposição de limite de gastos anuais e projeto de emenda constitucional para um orçamento equilibrado. O projeto, nomeado de “Corte, Limite e Equilíbrio” (Cut, Cap, and Balance, em inglês), inclui os cortes de US$ 111 bilhões propostos no orçamento republicano aprovado na Câmara em abril, que modificam os programas de saúde e a Seguridade Social. A proposta também limita os gastos federais a 18% do PIB e aumentaria o limite do endividamento público de US$ 14,29 trilhões para US$ 16,7 vinculado à aprovação de uma emenda constitucional. Tal emenda obrigaria o orçamento federal a ter valores iguais ou menores do que a receita projetada anualmente. Prioridade de líderes conservadores como Eric Cantor (R-VA) e da ala do Tea Party, a emenda requer maioria de dois terços do Congresso para aprovação e ratificação de 38 estados para entrar em vigor. O plano não deve ser aprovado no Senado, já que é ainda mais conservador do que o orçamento derrubado em maio. Obama também declarou que vetará a proposta, se necessário. A manobra deve permitir maior espaço político para os republicanos, que provavelmente serão obrigados à aprovar um plano de aumento do limite da dívida para que o país não declare moratória no início de agosto. O porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), apoia a proposta mas é realista sobre o futuro do projeto e da necessidade de alternativas.