EUA mais perto de reconhecer grupo líbio de oposição

A secretária de Estado Hillary Clinton anunciou, no dia 15, que os EUA concordaram em negociar com o Conselho Nacional Transitório Interino como legítimo interlocutor da população líbia. A iniciativa é parte do acordo estabelecido na data pelo Grupo de Contato da Líbia, que reúne os EUA e mais 31 países. Representantes do Grupo e do Conselho, também presentes na reunião, acordaram a criação de um Mecanismo Financeiro Temporário para transferir verbas aos oposicionistas. O dinheiro fortaleceria as forças terrestres da oposição, um fator apontado como vital para a solução do conflito e a queda do regime. Clinton também declarou que seu país pretende reconhecer oficialmente o Conselho em breve, o que auxiliaria na transferência para os opositores de mais de US$ 30 bilhões em bens de Muammar al-Gaddafi, atualmente congelados nos EUA. A retenção atende à Resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU, que instrui os países-membro da organização a reter fundos da família Gaddafi, dispondo-os em benefício da população líbia. Especialistas afirmam que o reconhecimento do Conselho pelos EUA representaria uma postura anormal, pois a Casa Branca costuma reconhecer a legitimidade de Estados, e não de governos. O fato de a oposição líbia não controlar todo o território do país traria inúmeras implicações legais, entre elas a indefinição sobre quem no país seria responsável por honrar tratados internacionais. Para o analista Yochi Dreazen, a opção pelo reconhecimento indicaria uma forte aposta da Casa Branca na queda do atual regime.

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