A agência de classificação de risco Moody’s divulgou, em 13 de julho, que revisará a classificação dos títulos da dívida pública dos EUA. Atualmente marcados como Aaa, a classificação de risco mais sólida e confiável, os papéis emitidos pelo Tesouro podem ser rebaixados caso não se atinja um consenso no Congresso sobre o aumento do limite da dívida, o que poderia levar a uma moratória. A Moody’s anunciou que também revisará a classificação de instituições financeiras diretamente ligadas ao governo dos EUA, como Fannie Mae, Freddie Mac, Federal Home Loan Banks e Federal Farm Credit Banks. Além disso, podem ser rebaixadas as notas de títulos imobiliários ligados ao governo. No relatório, a agência afirmou que existe um “pequeno, porém crescente” risco de calote que, mesmo com curta duração, poderia rebaixar a classificação para Aa. Dentre os critérios expostos para a redução da nota está uma mudança no processo político necessário para a aprovação do limite da dívida. Caso esta condição não seja cumprida, a agência acredita ser difícil o retorno em curto prazo ao Aaa se a nota for rebaixada. Ainda, a agência diz ser necessário um acordo orçamentário substancial de redução do déficit em longo prazo para levar à estabilização. Caso contrário, mesmo que o limite seja aumentado e uma moratória seja evitada, a classificação dos EUA pode ser rebaixada. Para Jeffrey Goldstein, subsecretário do Tesouro para finanças domésticas, a avaliação da Moody’s é um aviso ao Congresso sobre a necessidade de ações rápidas que evitem um possível calote e possibilitem um pacote de medidas para redução do déficit.