Mercado pressiona por aumento do limite da dívida

O risco de um calote na dívida pública dos EUA, algo impensável pouco tempo atrás, está preocupando os mercados internacionais. O recente alerta da agência de classificação Mooody’s sobre uma eventual redução da nota dos títulos do Tesouro gerou diversas repercussões sobre possíveis panoramas econômicos. As primeiras reações dos mercados foram a desvalorização do dólar e a valorização do euro na quarta-feira, 13 de julho. O preço do ouro também subiu, sinal de que investidores começam a procurar outros ativos seguros. A Indonésia alertou que o dólar baixo causaria uma grande entrada da moeda no país, podendo gerar uma bolha. A China pressionou os EUA para que o país aumente o limite e proteja os interesses dos investidores globais, que poderiam sofrer com as decisões de Washington. O fato de possuir US$ 1 trilhão em títulos do governo dos EUA faz da China o seu maior credor e um país altamente vulnerável em caso de calote. Hong Lei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, declarou ter esperança de que os EUA tomem medidas responsáveis. Já Ben Bernanke, presidente do Fed, afirmou que não aumentar o limite da dívida seria uma “enorme calamidade financeira”. Em audiência no Senado, Bernanke afirmou que, caso o limite não seja aumentado, o governo será obrigado a honrar compromissos financeiros em detrimento de benefícios sociais, a fim de evitar um desarranjo completo do sistema econômico internacional. O relatório da Moody’s espalhou temores também pela Europa. Diversos países do continente têm sofrido com déficit e a situação dos EUA apareceu como um alerta sobre a insustentabilidade desta situação.

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