Republicanos atacam lei de reforma financeira
A lei Dodd-Frank de reforma do sistema financeiro, assinada por Obama em 2010 como resposta à crise econômica, está sob intenso ataque republicano. O colapso financeiro foi largamente atribuído à desregulamentação, que permitiu que as grandes firmas agissem livremente. Assim, a lei Dodd-Frank criou mecanismos de regulamentação aos mercados e proteção aos consumidores, e foi inicialmente vista como um grande trunfo da atual administração. Todavia, a atual estratégia republicana, tanto entre pré-candidatos presidenciais quanto entre congressistas, é utilizar a própria lei para atacar Obama. A ofensiva se apoia sobretudo no argumento de que a lei, ao invés de controlar os grandes especuladores, diminuiria o crédito aos investidores, causando maior desemprego e impedindo a recuperação econômica. Embora tomem o cuidado de não parecer demasiadamente aliados dos grandes bancos, o que prejudicaria sua imagem pública, os republicanos vêm repetidamente criticando a lei. Tim Pawlenty, ex-governador de Minnesota, atacou sua complexidade e extensão. Mitt Romney, um dos principais pré-candidadatos republicanos à presidência, ligou a falta de crédito bancário ao temor dos bancos por uma regulamentação excessiva. O deputado Barney Frank (D-MA), um dos autores da lei, chamou as críticas de “retórica frouxa”. Para Frank, a realidade deixou a ideologia republicana para trás. Segundo Jaret Seiberg, analista do setor bancário, além de munição para a campanha eleitoral, as críticas dos republicanos podem ser a preparação para uma possível revogação da lei em 2013.