Impasse partidário causa estagnação nas negociações da dívida

Mesmo com reuniões diárias entre congressistas e a Casa Branca sobre o aumento do limite da dívida pública, pouco avanço foi verificado. O presidente Obama e o vice-presidente Joe Biden têm buscado superar as divisões partidárias: líderes republicanos não admitem negociar quaisquer propostas que envolvam aumento de impostos. Republicanos também têm apresentado listas de possíveis cortes no orçamento, originadas das conversas bipartidárias lideradas por Biden semanas antes. O líder da maioria da Câmara, Eric Cantor (R-VA), defende um pacote de cortes de US$ 2,4 trilhões, com um aumento do limite da dívida pública no valor equivalente e que dispensaria a criação de novos impostos. Obama quer um acordo maior, de US$ 4 trilhões de cortes em dez anos, para não ter que passar novamente pelo desgaste das negociações. Durante o último fim de semana, o porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH) parecia concordar com Obama em atingir US$ 4 trilhões e considerar a possibilidade de novas fontes de receita. No entanto, Boehner está reticente em sua posição, o que mostra a discordância entre alas do partido republicano. Obama tem apontado para a necessidade de concessões por ambos os partidos, um gesto que visa agradar aos eleitores independentes. Ao pedir abertura republicana na questão de impostos, o presidente também demanda maior flexibilidade democrata para cortes em programas como o Medicare e a Seguridade Social. Para que um projeto seja aprovado antes de 2 de agosto, data-limite estipulada pelo Tesouro, espera-se que haja consenso em torno de um pacote de cortes de gastos até o dia 22 de julho. Com o impasse partidário, isso parece cada vez menos provável.

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