O relatório do Departamento do Trabalho, divulgado no último dia 8, sobre a criação de empregos em junho sinalizou um agravamento do desemprego. No mês passado, foram criados apenas 18 mil novas vagas nos EUA, a pior marca em 9 meses. Com isto, o desemprego chegou a 9,2%. Já faz 29 meses que o índice supera a marca de 8%, o período mais longo desde a recessão dos anos 1930. Enquanto o setor privado contratou 57 mil pessoas, o governo cortou 39 mil postos de trabalho. As contratações de junho ficaram bem abaixo da média entre fevereiro e abril de 2011, que contou com 215 mil novos empregos por mês. No total, 250 mil pessoas desempregadas deixaram de procurar uma posição no mercado. Como o índice de desemprego conta somente aqueles que não trabalham, mas buscam uma vaga, este fato impediu que o índice ficasse ainda maior. A divulgação do relatório causou um reflexo negativo imediato no mercado financeiro, fazendo o índice Dow Jones recuar 1% pela manhã e o Nasdaq, 1,2% no mesmo período. Em discurso no mesmo dia, Obama reconheceu o ritmo lento da recuperação econômica e da criação de empregos, mas afirmou que a atual situação foi criada gradualmente, e a retomada do crescimento segue o mesmo ritmo. O presidente aproveitou para pressionar o Congresso pelo aumento do limite da dívida pública e pela aprovação dos acordos de livre-comércio, que criariam empregos nos EUA. Segundo analistas, a notícia é especialmente crítica para Obama, pois a economia deve ser o fator decisivo na eleição presidencial de 2012.