Em coletiva de imprensa, o presidente Barack Obama demonstrou-se irritado com o impasse no Congresso e adotou uma postura agressiva frente à atitude republicana na questão do limite da dívida. O presidente fez comentários em relação aos obstáculos impostos pelo partido republicano, principalmente a recusa a qualquer plano que envolva o aumento de impostos. Para Obama, os US$4 trilhões em cortes na próxima década só serão atingidos com uma “abordagem equilibrada”. Serão necessários cortes nos gastos não-mandatórios, mas também nos programas de assistência social e algum aumento de receita. De maneira direta, Obama acusou os republicanos de defender reduções no financiamento de pesquisas científicas, na educação e de querer transferir gastos do Medicare para os idosos. Ao não aceitar novos impostos, os republicanos estariam defendendo ‘donos de jatos corporativos’ em detrimento de crianças e jovens, de idosos e da população mais carente. O presidente ressaltou ainda cortes necessários no orçamento militar. O ex-secretário de Defesa Robert Gates já identificara uma possível redução de US$400 bilhões. Ao enfatizar o aumento de receita, Obama deixou claro que espera que o incremento venha de cortes nos incentivos fiscais para milionários e bilionários, companhias petrolíferas e administradores de fundo de hedge. O presidente elogiou o progresso das conversas conduzidas pelo vice-presidente Joe Biden e afirmou que, embora os congressistas insistam em uma maior ação do Executivo, o acordo é responsabilidade do Congresso.