Lagarde é eleita no FMI com apoio dos EUA

Christine Lagarde, ministra das Finanças da França, foi escolhida, em 28 de junho, para chefiar o FMI. O apoio dos EUA à candidata francesa ao cargo de diretora-gerente do Fundo foi essencial para sua vitória. Em comunicado, o FMI informou que Lagarde foi escolhida por consenso pelos 24 membros do conselho administrativo da instituição. Os EUA tem o voto com maior peso individual – 17,67%, valor correspondente à sua participação na cota do Fundo. Horas antes do encontro do conselho, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, divulgou um comunicado endossando a candidatura de Lagarde. No documento, o secretário ressaltou o “talento excepcional e a ampla experiência” da francesa, afirmando crer que ela liderará a instituição com eficiência em um momento de crise, mas também elogiou o candidato mexicano, Augustin Carstens. Desde o início do processo de sucessão, os EUA mantiveram neutralidade com relação aos candidatos, pois sabiam qualquer posição que tomassem não agradaria a todos os participantes. A disputa pela chefia do Fundo assumiu um aspecto simbólico da estrutura econômica global atual e foi alvo de duras críticas dos países emergentes. Desde a criação das instituições, um acordo tácito dá aos países europeus o comando do FMI e aos EUA a liderança do Banco Mundial. Uma das possíveis interpretações é de que o presidente Obama, ao inicialmente não apoiar nenhum candidato, demonstrou querer seguir o resto do mundo e não ditar as regra. Ao fim, Lagarde também conquistou o apoio de países emergentes, entre eles Rússia, China e Brasil, além de países africanos, como o Egito.

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