Obama entra nas negociações sobre limite da dívida pública

Com a saída dos líderes republicanos Eric Cantor (R-VA) e Jon Kyl (R-AZ), as reuniões bipartidárias sobre o orçamento e o limite da dívida pública federal lideradas pelo vice-presidente Joe Biden sofreram um grande retrocesso na semana passada. Tal fato levou o presidente Barack Obama a entrar diretamente nas negociações, reunindo-se com líderes do Congresso na tentativa de chegar a um acordo sobre o aumento do limite da dívida. A data limite estipulada pelos próprios congressistas é 4 de julho. Cantor e Kyl justificaram o colapso do grupo no impasse sobre a criação de novas receitas na forma de impostos. O grupo já havia identificado cortes no montante entre US$ 1,5 a 1,7 trilhões nos próximos 10 anos, e pretendiam chegar a US$ 2,4 trilhões para aprovar um aumento do limite de endividamento no mesmo valor. Mas para Cantor, embora houvesse progresso, o acordo não sairá enquanto aumentos de impostos continuarem a ser defendidos. O partido democrata continua argumentando que algum aumento da receita federal é necessário, e apresentou propostas que incluem o fim dos subsídios para produtores de etanol e o fim das isenções fiscais dos setores de petróleo e gás. Os líderes do Senado, Harrry Reid (D-NV) e Mitch McConnell (R-KY), encontraram-se com Obama separadamente na segunda-feira, dia 27. McConnell deixou a reunião reiterando sua posição contrária ao aumento de receitas defendido pelo presidente, mesmo que vinculado a cortes de gastos. A reunião com Reid, por sua vez, resultou na possibilidade de cortes substanciais no programa Medicare para a realização de um acordo.

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