Energia e Meio Ambiente

EUA optam por venda das reservas estratégicas de petróleo

O Departamento de Energia anunciou, no dia 23, a venda de 30 milhões de barris das Reservas Estratégicas de Petróleo. O objetivo é aumentar a oferta doméstica para as refinarias a fim de frear a tendência de alta no preço da gasolina. Esta será a primeira venda das reservas estratégicas em grande quantidade sem que se configure uma situação de emergência, como a Guerra do Golfo e o furacão Katrina. Os democratas apoiam a decisão, mas as indústrias petrolíferas e os republicanos acusam o governo de usar um instrumento de segurança nacional para fins políticos. Para o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), o objetivo real seria melhorar a imagem do presidente Obama junto a consumidores insatisfeitos com o preço da gasolina. Boehner acredita que a medida seja ineficaz, além de deixar o país mais vulnerável em caso de desastres naturais e crises internacionais profundas. Como a venda corresponde ao consumo de menos de dois dias, analistas interpretam o gesto como uma resposta simbólica à recusa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em aumentar os níveis de produção. Outros 30 milhões de barris serão vendidos por países membros da Agência Internacional de Energia. Em maio, a Casa Branca teria enviado conselheiros à Arábia Saudita para alertar o país sobre o plano. Na reunião da OPEP em junho, os sauditas – que sempre se opuseram ao uso das reservas pelos EUA – votaram pelo aumento da produção. Todavia, a organização decidiu manter o nível atual, evidenciando divergências entre Arábia Saudita, maior aliado dos EUA no grupo, e Irã e Venezuela, dois de seus antagonistas.

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