Obama anuncia plano de retirada do Afeganistão

O presidente Obama anunciou, no dia 22, plano para retirada parcial das tropas do Afeganistão. Dez mil soldados vão retornar em 2011 e outros 23.000 deixarão o país até meados de 2012. O número total excede em 3.000 as forças adicionais enviadas por Obama em 2009, além de ser maior do que recomendaram os militares. O general David Petraeus, comandante da operação e futuro diretor da CIA, e o secretário de Defesa, Robert Gates, defendiam o retorno de apenas 5.000 soldados em 2011. Membros do Congresso e assessores da presidência preferem uma retirada maior, assim como o vice-presidente Joe Biden, cuja opinião foi determinante para a decisão da Casa Branca. Para o senador Carl Levin (D-MI), a redução ideal em 2011 seria de ao menos 15 mil soldados, refletindo tendência entre os democratas e a opinião pública. Segundo recente pesquisa do Pew Research Center, 56% da população dos EUA apoiam um retorno rápido; em 2010, o percentual não passava de 40%. A aceleração da retirada desagrada aos republicanos, sobretudo aos conservadores como o senador John McCain (R-AZ). O ex-conselheiro de McCain e conhecido analista político, Robert Kagan, criticou Obama por tomar uma decisão estratégica por motivações políticas. A justificativa do presidente é de que os principais objetivos dos EUA no Afeganistão já teriam sido cumpridos: encontrar Osama bin Laden e fazer com que o país deixasse de ser um porto seguro para terroristas. Obama afirmou que novas retiradas serão discutidas na reunião de cúpula da OTAN em Chicago no próximo ano. Outros membros da aliança também anunciaram diminuições em seus contingentes.

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