J.P. Morgan faz acordo de US$ 153,6 mi por fraudes pré-crise

A Securities and Exchange Comission (SEC, na sigla em inglês) anunciou, em 21 de junho, que o J.P. Morgan concordou em pagar US$ 153,6 milhões para solucionar acusações de fraude no período anterior a crise financeira. No centro da contestação estão os CDOs (collateralized debt obligation, em inglês), um tipo sofisticado de operação financeira. O banco é acusado de não fornecer informações completas a clientes detentores de carteiras de títulos hipotecários em 2007. Tal negligência teria favorecido fundos de hedge, também administrados pelo J.P. Morgan, que apostavam contra os mesmos CDOs. Os principais clientes lesados foram os fundos de pensão da General Motors, um seguro de vida luterano sem fins lucrativos e diversos bancos asiáticos. Segundo a SEC, funcionários do J.P. Morgan afirmavam em emails internos que as operações eram decididas “de cima para baixo” e que o banco buscou lucrar o máximo antes do colapso dos CDOs. O J.P. Morgan afirmou estar feliz em deixar a questão “para trás”. Um porta-voz da instituição afirmou que a resolução não terá impacto nos resultados do banco, que teve um lucro de US$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre de 2011. O único indivíduo processado nominalmente foi Edward Steffelin, então diretor-gerente da GSC, consultoria que ajudou a estruturar os CDOs. Segundo a SEC, Steffelin buscava emprego no Magnetar Capital, o fundo de hedge administrado pelo J.P. Morgan que se beneficiou da operação. A resolução foi semelhante ao pagamento de US$ 550 milhões feito pelo Goldman Sachs em 2010. As duas ações são indícios de que a SEC pode continuar investigando membros de Wall Street sobre o colapso hipotecário.

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais