Rússia assina acordo com EUA para eliminação de plutônio
O presidente russo Dmitry Medvedev aprovou, no último dia 7, uma emenda de 2010 ao acordo entre Rússia e Estados Unidos para eliminação conjunta de material físsil para armas nucleares. O Acordo de Disposição e Administração de Plutônio, estabelecido em 2000, determina que os dois países queimem individualmente 34 toneladas de plutônio ou urânio altamente enriquecido a partir de 2018. Na prática, queimar os metais significa converter o seu potencial de energia para uso bélico em capacidade para fins civis, como a geração de eletricidade. Apesar de assinado pelos presidentes Bill Clinton e Vladimir Putin, o acordo ainda não foi implementado. A Rússia alegava que a implementação não fora possível devido a dificuldades técnicas e estruturais, e também pelo descumprimento da promessa feita pelos países avançados em contribuir com US$ 2 bilhões para a operação russa. Para resolver o impasse, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, assinaram um adendo em 2010, na qual os EUA se comprometem a contribuir com US$ 400 milhões para a conversão do material russo, enquanto o Kremlin arcaria com os US$ 3,5 bilhões restantes. A emenda foi assinada em seguimento ao tratado New START, negociado no mesmo ano entre os presidentes Obama e Medvedev para redução de armamentos nucleares. A decisão de Medvedev representa um passo importante para o desarmamento nuclear, uma vez que a quantidade de plutônio e urânio em questão equivale à munição para cerca de 17.000 armas nucleares. Rússia e EUA detêm juntos 90% das armas nucleares no mundo.