Tecnologia cria Internet permanente para dissidentes

Os EUA lideram uma iniciativa global para disponibilizar uma forma de acesso a Internet “fantasma” e sistemas de celulares para dissidentes censurados em seus países. O plano foi revelado pelo The New York Times, que obteve a informação por meio de entrevistas com técnicos a serviço do governo e por documentos secretos. Uma das ações criaria redes independentes de telefonia celular em outros países, a exemplo do Projeto Palisades, que desenvolveu sistema semelhante no Afeganistão para impedir interceptação de ligações e mensagens pelo Talibã. Outro projeto, conhecido como “Internet na mala”, desenvolve equipamentos portáteis que permitem o funcionamento de uma rede invisível e sem fio, que poderá ser transportada por fronteiras secretamente. A operação abre nova frente na campanha diplomática dos EUA por maior liberdade em outros países e tem na figura da secretária de Estado, Hillary Clinton, uma grande defensora. Para Clinton, as novas tecnologias de comunicação permitiram importantes mudanças históricas, como o recente movimento pró-democracia conhecido como Primavera Árabe. Grupos de oposição e manifestantes nos países árabes organizaram-se por meio de redes sociais, o que levou autoridades a bloquear o acesso a Internet. Segundo recente determinação da ONU, o acesso à Internet é um direito humano e o seu impedimento constitui violação a uma regra internacional. O Departamento de Estado, que pretende gastar US$ 70 milhões com os projetos até o fim de 2011, ressaltou que o objetivo é promover a liberdade de expressão e os direitos humanos, e não desestabilizar regimes autocráticos.

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