Energia e Meio Ambiente

Casa Branca considera usar reservas estratégicas

O porta-voz da Casa Branca Jay Carney declarou, no dia 08, que o governo Obama considera usar parte de suas reservas estratégicas de petróleo caso o desequilíbrio entre oferta e demanda se intensifique. O anúncio indica uma nova postura da administração, que havia recusado a ideia em março, quando os ataques da OTAN na Líbia levaram o preço do barril acima de US$ 110. A declaração de Carney foi dada no mesmo dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou não pretender aumentar as cotas de produção.  Apesar da alta dos preços no mercado global e da pressão dos países consumidores, a maioria dos membros da OPEP optou por manter as cotas atuais. A decisão não foi unânime: enquanto Arábia Saudita liderou a campanha pelo aumento, Irã e Venezuela trabalharam pela manutenção das cotas. O cerne da questão é que os países da OPEP não possuem grande capacidade excedente, exceto a Arábia Saudita. As reservas estratégicas dos EUA foram vendidas emergencialmente em duas ocasiões na sua história: na guerra do Golfo de 1991 e após o furacão Katrina em 2005. Esta seria a primeira vez em que o país venderia parte do estoque para suprir uma escassez de oferta no mercado global. De acordo com o especialista Daniel Yergin, o presidente não deveria recorrer às reservas estratégicas, que atualmente são de 727 milhões de barris. Yergin atribui a alta dos preços à instabilidade política nos países produtores, e não a dificuldades de produção. Todavia, a inflação do produto impacta o preço da gasolina no país, gerando aumento de custos domésticos e atrapalhando a recuperação da economia.

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