Presidente do Fed dá panorama da economia

Em discurso na Conferência Monetária Internacional, em 8 de junho, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, assumiu que a economia dos EUA está crescendo menos do que o esperado, mas deve melhorar ainda este ano. Alguns membros do Fed já anteciparam que provavelmente diminuirão a previsão de crescimento na próxima reunião do órgão, nos dias 21 e 22 de junho, devido aos fracos resultados dos primeiros meses. Bernanke ressaltou que a recuperação avança a passos lentos e de maneira desigual entre os setores. No entanto, o presidente do Fed lembrou que o país recupera-se da mais grave crise financeira e imobiliária dos últimos anos, e ainda sofre a influência de eventos externos como o tsunami do Japão. Para Bernanke, a política monetária não pode ser encarada como uma panaceia. A situação econômica do país apresenta-se em uma encruzilhada: por um lado, o crescimento é lento; por outro, a inflação permanece alta devido, em certa medida, a fatores externos como o preço do petróleo. Assim, pacotes de estímulo poderiam acelerar o crescimento, mas acarretariam efeitos ainda mais negativo sobre a inflação. Membros do Fed também afirmaram que o programa de compra de títulos (QE2) no valor de US$ 600 bilhões deve realmente acabar em junho, como previsto, já que não há risco grave de deflação. Relatório divulgado na última sexta-feira sobre o mercado de trabalho afirma que, em maio, foram adicionados apenas 54.000 empregos, enquanto nos meses anteriores a média foi de 200 mil. Para Bernanke, a recuperação total não será atingida até que seja alcançado um ritmo forte de criação de empregos.

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