China concorda em cortar subsídios à indústria eólica
A China decidiu acabar com alguns dos benefícios dados à indústria nacional de energia eólica. Os incentivos eram concedidos aos fabricantes que usassem componentes chineses na confecção de turbinas eólicas. A medida foi uma resposta ao pedido de investigação feito pelos EUA à Organização Mundial de Comércio (OMC), em dezembro de 2010, para apurar se a prática caracterizava uma política protecionista contrária às regras da instituição. A iniciativa dos EUA ocorreu após a administração Obama receber uma petição da União dos Trabalhadores Metalúrgicos, influente organização sindical que alegava que os incentivos chineses prejudicavam as exportações dos EUA para a China e a Europa. Segundo o representante de comércio, Ron Kirk, a decisão de Pequim ajuda a igualar as condições de competitividade entre produtores de equipamentos de tecnologia alternativa nos dois países. O representante também afirmou que esta foi a terceira vez em que a China concordou em eliminar subsídios após os EUA levarem os casos para investigação na OMC. O fim dos incentivos representa uma vitória para o presidente Obama, que vem chamando atenção para a necessidade de o país alcançar os avanços chineses nesse campo. A China lidera o ranking de produção de equipamentos para tecnologia de energia alternativa em relação ao PIB, enquanto os EUA ocupam um modesto 17° lugar. Com a produção doméstica aquém da demanda, os EUA importam cada vez mais, o que torna deficitária a sua balança comercial de produtos de tecnologia limpa, sobretudo com a China.